Escapamento
É comum ouvir alguém chamar o sistema de exaustão de um carro de tubo de descarga. Algo um tanto quanto depreciativo para um trabalho tão digno quanto expelir os gases resultantes da queima do combustível.
Esses gases precisam ser rapidamente eliminados, cedendo espaço a nova mistura ar combustível a ser admitida no motor. Para tanto, o sistema de escapamento deve orientar o fluxo dos gases facilitando sua saída. Sua eficiência é determinada pelo formato e disposição, estando intimamente relacionado às características de cada motor.
É mais ou menos como nosso sistema respiratório, uma espécie de via de mão dupla que nos permite aspirar o oxigênio presente no ar atmosférico e no momento seguinte expulsar os gases tóxicos. Nossa capacidade respiratória é definida, não só pelo volume de ar que aspiramos, mas também pela capacidade de eliminar todos os gases nocivos presentes em nossos pulmões.
Por isso, a importância de manter sempre o Sistema de escapamento em bom estado. Furos ou amassões alteram o fluxo dos gases, levando consequentemente à perda de rendimento do motor. Algumas pessoas, seguindo este raciocínio, retiram o catalisador para beneficiar o motor. Isto representa um pensamento distorcido, já que a restrição causada pelo catalisador está prevista em projeto e, portanto, sua remoção em nada trará benefícios para o desempenho do veículo.
Mas, se o sistema de escape fosse constituído por um único tubo reto, saindo diretamente do motor para a traseira do veículo, isso não facilitaria a saída dos gases? A resposta é simples: o escapamento é a última coisa a ser instalada por baixo do veículo. Sendo assim, deve desviar das peças montadas anteriormente, por isso, seu formato tortuoso. Alterar essa disposição ocasiona perda de velocidade na saída dos gases, prejudicando o rendimento do motor. Além do que, para facilitar a montagem e substituição, o sistema de exaustão é composto por vários componentes como coletor, intermediário, silencioso e ponteira, que unidos, formam o sistema de escapamento.